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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Uma Escola Cidadã no Semi-árido é Possível

Cleonice Matos Amaral é Graduada em Pedagogia pela UNEB (Universidade do Estado da Bahia); Pós-graduada em Psicopedagogia: Institucional, Clínica e Hospitalar pela FACCEBA (Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia); Pós-graduada em Educação Infantil e Séries Iniciais pela UNEB (Universidade do Estado da Bahia); Pós-graduada em Direito Educacional pela FTC (Faculdade de Tecnologia e Ciências) e Pós-graduada em Gestão Educacional pela UNILATUS (Universidade Vasco da Gama). Veja a seguir um texto de sua autoria:

A construção de uma escola cidadã só se efetiva com a participação competente e comprometida da comunidade escolar e da comunidade local nos diversos espaços que hoje está garantido no arcabouço da legislação educacional. A participação desses agentes educativos é crucial na construção coletiva e na implementação do Projeto Político-Pedagógico da Escola, bem como em conselhos e colegiados que podem desempenhar várias funções no contexto da escola, com foco na garantia do direito de aprender de cada estudante.

Ao se pensar em um projeto de educação cidadã para as escolas do semi-árido diversos aspectos deverão ser considerados. A compreensão da realidade do sertão, com suas lutas e anseios, é imprescindível para que o(a) educador(a) possa contribuir decisivamente no cotidiano da escola e da comunidade na formação de sujeitos de direitos, construtores da cidadania. Assim, a função social da escola influenciará a transformação que se deseja para as pessoas e para a sociedade.

Essa compreensão do contexto educativo, dialogando teoria e prática pode ser construída por uma sólida formação continuada dos profissionais da educação, pois esta é essencial na desconstrução e construção de conceitos, sendo instrumento impar na melhoria da educação escolar pública. No entanto, as reflexões e debates suscitados em um processo de formação só terão sustentação e relevância se fomentarem a prática, o fazer pedagógico que acontece no cotidiano da escola. Daí, a praxes e a aprendizagem significativa e contextualizada.

Nessa perspectiva, uma formação cidadã só é possível mediante uma educação de qualidade que possibilite aos estudantes a aquisição de conhecimentos historicamente construídos pela humanidade e a compreensão do contexto local e global com suas implicações, desafios e possibilidades.

Uma escola cidadã no contexto do semi-árido baiano, contexto marcado por particularidades climáticas, sociais, culturais e políticas, está sustentada em princípios de gestão democrática que garante a todos a participação e a co-responsabilidade na ação educativa, bem como uma formação continuada a estes atores que vivenciam no cotidiano o desafio da ação-reflexão-ação.
Cleonice Matos Amaral

2 comentários:

  1. A nossa população que vive no semiárido baiano já foi muito descriminado por um motivo até hoje desconhecido por outras regiões do Brasil onde se nada fazia, mais com o tempo todos estão evoluindo e perdendo esse medo do mundo, onde antes para muitos o mundo era onde eles viviam. Meu ponto é que não só pode existir uma escola cidadã no semiárido como já existe, o simples fato da autovalorização é uma grande amostra em razão, que estamos sim formando mais cidadãos desinibidos, e pela minha concepção é um ponto positivo para todos baianos e nordestinos.

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  2. Concordo, nesse ponto de vista, uma escola cidadã no semi-árido é possível. Mas isso exige vários fatores como citado no texto, fatores que podem ser um pouco difíceis de alcançar, mas não impossível.
    Atualmente, o educação predomina esse ensino conteudista, que sufoca os alunos por impor um saber que legitimam a dominação, uma escola cidadã, seria algo saudável na vida dos alunos.

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